O mês de março de 2022 marca dois anos desde que a pandemia por COVID-19 foi declarada. Mesmo com altas taxas de vacinação, permanece o risco de novos surtos, a ameaça de novas variantes e a dúvida se necessitaremos de mais vacinas.

Após mais de um mês em declínio, os casos de COVID-19 voltaram a aumentar em países como Coreia do Sul, China, França, Áustria, Alemanha, Suíça e Holanda, além de países do continente africano.

Novas variantes

Entre os fatores que explicam o aumento do número de novos casos estão a flexibilização das medidas de controle, a diminuição da proteção das vacinas e a alta prevalência da variante Ômicron e sua subvariante BA.2, a mais transmissível até o momento.

Outro termo que tem sido utilizado em diversos veículos de comunicação é a Deltacron, que não é considerada uma nova variante do SARS-Cov-2, e sim uma recombinação das variantes Delta e Ômicron (mutação viral), cuja provável origem é a infecção das duas variantes em um mesmo indivíduo.

O Brasil já tem registro de casos da subvariante BA.2, apesar de baixa prevalência. Casos de infecção de Deltacron estão em processo de confirmação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Cenário atual

Nas últimas semanas está sendo observado um declínio no número de casos novos de COVID-19 diagnosticados no Brasil e queda na média móvel do número de mortes.

Em 17 de março de 2022 entrou em vigor o decreto nº 61.149 que retira a obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos e fechados. No entanto, o decreto reforça que instituições de saúde, como hospitais e clínicas, e no transporte público o uso permanece obrigatório.

Outra questão é a necessidade de doses de reforço vacinal, uma vez que ao longo do tempo ocorre a diminuição da proteção. Doses de reforço ou novas vacinas serão necessárias. Por este motivo, o Estado de São Paulo iniciou a aplicação da quarta dose em idosos acima de 80 anos a partir de 21 de março de 2022.

Apesar da diminuição no número de casos e de mortes, relacionados a COVID-19, precisamos nos lembrar que a pandemia ainda não acabou e continuar nos cuidando e incentivando o cuidado de pacientes e familiares.

Responsável: Dra. Ana Moura, Gerente do Serviço de Controle de Infecção Hospital (SCIH) e Infectologista.

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